Preso torcedor acusado de tentar matar funkeiro em SG

Acusado de ser um dos integrantes da Torcida Jovem do Flamengo (TJF) que participou da agressão ao cantor Charles Rodrigues de Oliveira, o MC Charles – autor do funk “Trem bala da Colina”, em homenagem ao Vasco –, o motoboy Marcos Carlos da Silva Picoto, o Grilo, 33 anos, foi preso por policiais do Núcleo de Homicídios da 72ª DP (Mutuá), na manhã de quinta-feira (19).


Ele foi surpreendido em sua residência, na Rua Genésio Pedro Machado, no Mutondo, onde recebeu voz de prisão em cumprimento ao mandado de prisão temporária por tentativa de homicídio, expedido pela juíza Patrícia Acioli, da 4ª Vara Criminal de São Gonçalo. O acusado é o segundo componente da torcida organizada rubro-negra preso por participação no crime. 

Depoimento – Em depoimento, Grilo negou as acusações e disse não fazer parte da TJF desde 2000, quando teria sido afastado por divergências com a presidência da organizada. Ele afirmou que no dia do crime apenas passou pela Praça da Trindade, onde ficou sabendo das agressões sofridas por Charles. O acusado também comentou que esteve no churrasco durante três minutos apenas para cumprimentar alguns amigos. 

Touchê - No último dia 5, o vendedor ambulante Marlon César Soares Alvarenga, o Touchê, 35, apontado como uma das lideranças da TJF, se apresentou à polícia após ser indiciado 10 vezes por tentativa de homicídio e formação de quadrilha. O camelô também é acusado de participar das agressões ao MC Charles, além de autor dos disparos contra integrantes da Força Jovem Vasco (FJV) durante confronto entre torcidas, na Praça do Barreto, na zona norte de Niterói, no início do mês. Um homem, identificado apenas como Teco, também é acusado de participação no crime. 

Golpes com barras de ferro 
De acordo com agentes da 72ª DP, MC Charles foi espancado com golpes de barras de ferro e soco inglês, na Praça Leonor Corrêa, na Trindade, no dia 30 de abril. Ele teve perda parcial da memória e ficou dois dias internado no Hospital Estadual Aberto Torres (Heat), no Colubandê. 

O crime ocorreu no mesmo dia em que integrantes da TJF promoviam um churrasco, na Trindade, onde discutiram estratégias de deslocamento para o jogo entre Vasco e Flamengo, no Estádio João Havelange, o Engenhão, na zona norte do Rio. 

A reunião contou com a participação de integrantes da Torcida Independente do São Paulo. Os policiais acreditam que os torcedores paulistas participaram tanto da agressão ao MC quanto do confronto que deixou nove baleados no Barreto. 
Ameaça - Testemunhas afirmaram que o grupo e os três acusados chegaram ao churrasco comentando que “haviam acabado de atropelar o trem bala”. A agressão seria uma retaliação ao assassinato de José Artur Miranda, o Pelé, 21, integrante da TJF, assassinado a tiros em 1992. 

Na época, Charles, que era policial militar, foi acusado de participação no crime. Entretanto, apenas o irmão do MC foi condenado pela morte do torcedor. 


‘Guerra’ entre torcidas teve nove baleados

O confronto ocorrido no dia 1º de maio, entre torcedores do Vasco e Flamengo, teve um saldo de 102 presos e 11 feridos, sendo nove baleados e dois espancados. De acordo com a Polícia Militar, cerca de 400 integrantes das torcidas FJV e da TJF teriam se envolvido na briga. Foram detidos 74 vascaínos e 28 flamenguistas.
Os acusados foram conduzidos num ônibus e numa van à 78ª DP (Fonseca) e autuados por lesão corporal e inclusos no Estatuto do Torcedor (promover tumulto e incitar a violência).

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O São Gonçalo

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