Em sete dias, Rio registra 4.300 novos casos de dengue

Zona oeste é região mais infectada da capital fluminense
O município do Rio de Janeiro registrou aumento de 4.330 novos casos de dengue nos últimos sete dias, totalizando 34.734 notificações confirmadas. O balanço foi divulgado nesta quinta-feira (5) pela Secretaria Municipal de Saúde. Em média, na última semana, foram 618 casos por dia.

Os bairros mais atingidos, considerando o número de casos de cada região, são Santa Cruz, com 3.728 casos, Campo Grande, com 3.646, Jacarepaguá, com 3.025, Bangu, com 2351, todos na zona oeste da cidade.


A situação é mais preocupante em 19 bairros da cidade, que possuem taxas de incidência de dengue consideradas como surto da doença ou epidemia, superiores a 300 casos por 100 mil habitantes no período de um mês: Pedra da Guaratiba (2.594,7), Bonsucesso (856,2), Anil (832,5), Rio Comprido (645,0), Santa Cruz (642,9), Saúde (597,0), Barra da Guaratiba (487,5), Cosmos (381,6), Moneró (446,6), Cidade Nova (396,9), Guadalupe (608,9), Cocotá (362,5), Praça da Bandeira (428,1), Jardim Sulacap (476,4), Centro (383,5), Jardim América (338,2) e Sepetiba (398,6). 


De acordo com os dados disponibilizados pela secretaria, em São Conrado o índice de manifestação está em 14,3 para cada mil imóveis – foram encontradas 143 áreas com focos. Na região da Lagoa, o dado é ainda mais alarmante, com 16,3 a cada mil imóveis – foram encontrados 163 focos do Aedes aegypti.

O índice de manifestação da cidade do Rio de Janeiro está acima de 4%. Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), regiões com índices acima de 4% estão com alto risco de epidemia. O Ministério da Saúde aponta que índices acima de 1% já devem ser monitorados.

Mortes confirmadas 

A Secretaria Estadual de Saúde do Rio de Janeiro divulgou na última quarta-feira (4) os números sobre os casos de dengue no Estado, que registrou 52 mortes causadas pela doença, 20% a mais do que registrado no último balanço divulgado no dia 27 de abril, que totalizou 43 mortes. No total, foram notificados 77.264 casos suspeitos da doença. 

O município que registrou o maior número de vítimas foi o Rio de Janeiro, com 19 mortes, seguido de São Gonçalo (8), Nova Iguaçu e Duque de Caxias (4) e Magé (2). As cidades de Cabo Frio, Maricá, Mesquita, São José do Vale do Rio Preto, Bom Jesus de Itabapoana, Itaocara, Itaperina, Rio das Ostras, Barra Mansa, Belford Roxo e Campos dos Goytacazes registraram uma morte cada uma.

A secretaria divulgou ainda os municípios que apresentam epidemia no Estado: Bom Jesus de Itabapoana, Santo Antonio de Pádua, Cantagalo, Mangaratiba, Cordeiro, Guapimirim, Seropédica, Magé, Silva Jardim, Cabo Frio, Macuco, Iguaba Grande, Quissamã, Rio das Ostras, Angra dos Reis, Mesquita, Vassouras e Cambuci.
Jovens têm mais riscos
A disseminação do vírus da dengue entre a população jovem com a volta do vírus tipo 1 no Estado do Rio de Janeiro tem preocupado as autoridades de saúde, segundo o superintendente de Vigilância Epidemiológica e Ambiental da Secretaria Estadual de Saúde do Rio, Alexandre Chieppe.
O vírus tipo 1 não era detectado desde meados da década de 1980, mas reapareceu no ano passado. Com isso, jovens, crianças e adolescentes, que nasceram após esse período, não têm imunidade ao vírus, ficando mais suscetíveis à doença.
- As pessoas que nasceram no final da década de 80 não têm imunidade. É uma população muito grande suscetível ao vírus.
Segundo Chieppe, do total de casos investigados pela secretaria apenas 4% tiveram complicações e 1% foram considerados graves.
Outra preocupação é com os municípios da Baixada Fluminense, Niterói e São Gonçalo, cidades onde a grande densidade populacional aumenta o risco de contaminação da dengue, que atinge seu pico nos meses de março e abril.
O Rio de Janeiro está entre os 16 Estados com alto risco de epidemia de dengue, segundo levantamento divulgado pelo Ministério da Saúde.
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R7

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