Piloto ferido em acidente de avião em Resende continua internado no CTI

O piloto Artur Rodrigues Maio, 23 anos, que ficou ferido na queda de um avião monomotor
durante voo de instrução no Aeroclube de Resende, permanecia internado no Centro de Tratamento Intensivo (CTI) do Hospital Unimed da cidade, até o fechamento desta edição. De acordo com o diretor de instrução do aeroclube, Denilson Abreu da Silva, o instrutor Artur - residente no Rio de Janeiro - teve um coágulo no cérebro e encontrava em coma induzido na unidade hospitalar. Até o momento, o estado de saúde do paciente era estável. Já o aluno Diego Marques, morador de Resende, que sofreu ferimentos leves durante o acidente, foi atendido no Hospital de Emergência e recebeu alta no mesmo dia.

Na tarde de quinta-feira, Artur e Diego realizavam um voo de instrução durante o Curso Piloto Privado-Avião. A aeronave de fabricação americana, modelo Piper PA-22 Tripacer, prefixo PT-BCR, caiu por volta de 13h20min de quinta, em um campo de futebol situado na Estrada Resende-Riachuelo, no bairro Morada da Colina II, próximo à região da Grande Alegria e do Campo de Aviação.


No dia do fato, o presidente do Aeroclube de Resende, Ricardo Manso Vieira, deu entrevista ao A VOZ DA CIDADE, e explicou como ocorreu o acidente. “O monomotor, fabricado na década de 50, realizava o segundo voo do dia. O primeiro foi realizado por outro piloto. No segundo voo, o instrutor Artur, formado há seis meses nesta escola de pilotagem, e o aluno Diego já estavam na terceira decolagem no sentido Acesso Oeste. De repente, a tripulação passou a informação via rádio de que havia uma pane real. Ao perceber a falha no motor no decorrer do exercício de decolagem da aeronave, o comandante realizou uma trajetória de planeio, aplicando, desta forma, o plano de emergência. Ele procedeu com uma manobra eficaz e segura, tendo tentado o pouso em uma área livre de residências e pessoas. A aeronave teria batido na cerca do campo de futebol e pilonado. Os tripulantes conseguiram se salvar”, relatou.

Na ocasião, conforme previsto no Manual de Gerenciamento da Segurança Operacional aprovado pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), a equipe de Bombeiro de Aeródromo foi acionada pelo aeroclube. Viaturas do 23º Grupamento de Bombeiro Militar (GBM) também se dirigiram para a cena do episódio. Agentes do 37º Batalhão de Polícia Militar (BPM) compareceram até a localidade, para o isolamento da área. Um perito da Polícia Civil ainda esteve no local do fato. Inicialmente, os tripulantes foram socorridos por uma equipe de resgate e levados para o Hospital de Emergência. De acordo com relatos de Ricardo Manso, Artur estava inconsciente no momento do socorro, enquanto Diego, que apresentava algumas escoriações pelo corpo, saiu andando do local. Posteriormente, Artur foi encaminhado ao Samer Hospital para fazer exames, visando verificar a gravidade dos ferimentos. Mais tarde, ele foi transferido para o Hospital Unimed de Resende.

Ricardo Manso esclareceu que as licenças e as normas exigidas pela Anac para a realização do voo do monomotor se encontravam em dia. Também lembrou que o avião atua no Aeroclube de Resende, fundado na década de 40, desde outubro do ano passado, sem ocorrências de problemas.

Técnicos do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aéreos da Aeronáutica (Cenipa) do Rio chegaram, na noite de quinta, no município, e iniciaram o trabalho de perícia prévia. Ontem, por volta de 10 horas, os técnicos autorizaram a remoção da aeronave, que teve perda total, conforme o diretor de instrução do Aeroclube de Resende. Logo, o monomotor foi rebocado para o aeroclube. A causa do acidente será esclarecida a partir de laudo definitivo elaborado pelo Cenipa, sem previsão de conclusão.
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A Voz da Cidade

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