Em Nova Friburgo pessoas esperam há meses por cirurgia


Pacientes dizem que não tem médico anestesista para as operações.
Prefeitura, secretário e subsecretário de saúde não se manifestaram.

O único hospital público de Nova Friburgo, Região Serrana do Rio, era para ser referência na região, mas não é o que acontece. O Hospital Municipal Raul Sertã atende não só a cidade, como também os municípios vizinhos que dependem do serviço de saúde pública. Além da demora nos atendimentos, alguns pacientes esperam há mais de um mês por uma cirurgia.
É o caso do aposentado Paulo Roberto de Andrade, que sofreu um acidente de carro no dia 6 de março e quebrou o fêmur. Ele está internado até hoje, aguardando a cirurgia. 'Eles (os médicos) dizem que não tem anestesista e que também falta sangue para a realizar a cirurgia', disse Paulo Roberto, que mal consegue ficar em pé.

Na recepção do hospital é comum encontrar pessoas aguardando atendimento médico. Algumas chegam a esperar mais de duas horas para serem atendidas por um clínico geral ou ortopedista. Segundo Marcelo Gonçalves, que sofreu um acidente de moto e quebrou um dos braços, a ortopedia 'atende bem', mas o atendimento do hospital deixa a desejar. 'Semana passada tinha um rapaz passando mal aqui na recepção e ninguém fez nada. O pessoal tem que ficar chamando o médico pra socorrer. Já teve criança vomitando e eles só olham. Vai ter que morrer alguém pra tomarem alguma providência?', criticou Marcelo, que aguardava para pegar um atestado médico.
Nos leitos do hospital, vários pacientes aguardam cirurgias. Sérgio Foly, por exemplo, está há 20 dias internado esperando uma cirurgia ortopédica e garante que não tem nem previsão de quando será operado. Este também é o dilema vivido por Ricardo Oliveira, que tem uma fratura no joelho esquerdo e está internado desde o dia 27 de fevereiro. 'A minha cirurgia já foi desmarcada dez vezes', protestou.
A reportagem do G1, ao lado da equipe da Inter TV de Nova Friburgo, estiveram na sede da Fundação Municipal de Saúde em busca de respostas para os problemas apontados pelos pacientes. O secretário de saúde Dagoberto José da Silva, estava doente e o subsecretário Márcio Shuller, estava em reunião e não atendeu a imprensa. Até o momento, a Prefeitura não se manifestou sobre a falta de anestesista no Hospital Raul Sertã.
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G1

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