CEG Rio planeja levar gás natural para os distritos


A Companhia Estadual de Gás (CEG Rio) possui hoje em Petrópolis três mil clientes residenciais, concentrados no Centro, Quitandinha e Valparaíso. Na mesma região, são nove postos com gás natural veicular (GNV) e dez indústrias atendidas pela empresa. O presidente da CEG, Bruno Armbrust, que tem uma história pessoal ligada a Petrópolis, esteve no último dia 11 com o diretor-presidente do Diário de Petrópolis, Paulo Antônio Carneiro Dias (foto), conversando sobre os planos de expansão da empresa para a cidade.

O objetivo a curto prazo, segundo Armbrust, será investir nos distritos, principalmente Itaipava e Corrêas, nas três frentes de atuação da CEG: veículos, residências e indústrias. Já neste ano a companhia terminará a análise de qual será a melhor maneira para levar o gás para os distritos: por gasoduto ou por caminhões transportando o gás comprimido. Terminada a análise, a CEG iniciará a expansão no início do ano que vem.
- Nossa meta para os próximos anos é conseguir mais 200 mil clientes nos próximos anos em todo o estado do Rio, chegando a um milhão. É claro que Petrópolis é uma das cidades que trabalhamos para ter um crescimento importante. Os investimentos aqui são contínuos – disse Armbrust.
Entre as dificuldades enfrentadas pela companhia para expandir a atuação da empresa em Petrópolis está em convencer a população de que o gás natural é mais vantajoso que outras fontes de energia, como gasolina, álcool, gás de cozinha (GLP – gás liquefeito de petróleo) e até mesmo, no caso de algumas indústrias da cidade, o forno a lenha.
- A maior dificuldade é difundir a cultura do gás em Petrópolis. O gás natural possui uma série de vantagens ambientais e econômicas. Além disso, tem a questão da segurança, porque, quando há vazamento, o GLP acumula, porque é mais pesado que o ar, então vai pra baixo. Já o gás natural é mais leve que o ar, então ele dissipa. Fora isso, nós temos uma central de emergência 24 horas, call center, toda uma assistência pós-venda – disse.
Automóveis e residências
Em relação aos carros, o preço do GNV em Petrópolis não é tão vantajoso quanto no Rio, já que na capital o gás é mais barato. No entanto, Bruno Armbrust garante que a CEG vende o gás ao mesmo preço para os postos duas cidades.
- O preço do gás vendido pela CEG aos postos é o mesmo. Depois disso, nós não temos interferência sobre o que é cobrado pelos postos – disse.
No entanto, ele ressaltou que, mesmo se o gás fosse vendido ao mesmo preço que o álcool, o GNV representaria ainda uma economia de 50% em relação ao álcool. Em comparação à gasolina, a economia seria ainda maior.
Para as residências, o foco da CEG é nas novas construções.
- Residência é um trabalho lento. As novas construções, nós não queremos perder, para podermos induzir o processo no início para que as instalações sejam adequadas para o gás. Petrópolis é uma cidade fria, então o consumo de gás é maior do que no Rio – disse Armbrust.
Outra proposta da empresa é em relação aos ônibus. Testes iniciais foram realizados, mas agora faltam os testes nas ruas, que já começaram a ser feitos no Rio de Janeiro. Segundo Armbrust, os ônibus consumirão 10% de diesel e 90% de GNV, reduzindo em 20% a emissão de gases poluentes. Em Petrópolis, a modificação dependerá das viações.
- Vamos tentar convencer as empresas de ônibus a aderirem ao GNV. As viações poderiam converter os ônibus à medida que for renovando a frota – disse Armbrust.
História ligada a Petrópolis
O arquiteto Bruno Armbrust tem uma história pessoal ligada a Petrópolis. Seu avô trabalhou na fábrica de tecidos Werner, e Bruno, que desde os cinco anos de idade visita a cidade durante os fins de semana, chegou a ser estagiário de Luvercy Fiorini e do ex-prefeito Paulo Gratacós na construção de um prédio no Centro.
- A minha adolescência foi fantástica aqui. Tenho uma raiz em Petrópolis – disse.
Essa proximidade contribuiu para que Petrópolis fosse a primeira cidade serrana a ter gás canalizado. Em 2004, quando o gás chegou à cidade, Bruno Armbrust era gerente comercial da CEG Rio. O primeiro cliente foi o posto de combustíveis de Quitandinha próximo à Casa do Alemão.
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Diário de Petrópolis

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