Estado e Banco Mundial se unem para recuperar agronegócio na região serrana

Estragos no setor já custam R$ 265 milhões
Para garantir mais investimento no agronegócio na região serrana do Rio de Janeiro o secretário de Agricultura e Pecuária, Christino Áureo, se reuniu com representantes do Bird (Banco Interamericano de Desenvolvimento ou Banco Mundial). Os estragos no setor causados pelas chuvas em janeiro chegam a uma perda de R$ 265 milhões, segundo a secretaria.
- O Banco Mundial já é nosso parceiro no Programa Rio Rural, que tem uma série de atividades ligadas às microbacias. Cada uma delas, que sofreu dano por conta das chuvas, é um modelo de organização das comunidades.
A equipe do Banco Mundial irá a Petrópolis, Teresópolis e Friburgo. Durante três dias, serão avaliados os danos que as tempestades causaram nas microbacias das cidades.
Na reunião, também será discutido o acesso de pequenos agricultores ao crédito convencional. O Estado apresentará um levantamento sobre a recuperação de vias de escoamento da produção rural, a construção de habitações e o saneamento básico dos municípios atingidos pelas chuvas.
Tragédia das chuvas 
Um forte temporal atingiu a região serrana do Estado do Rio de Janeiro entre a noite de 11 de janeiro e a manhã do dia seguinte. Choveu em um 24 horas o esperado para o mês inteiro e o resultado foi a maior tragédia climática registrada no país, segundo especialistas de várias áreas.
Deslizamentos de terra e enchentes mataram mais de 800 pessoas e deixaram mais de 400 desaparecidas. Cerca de 30 mil sobreviventes ficaram desalojados ou desabrigados. Escolas, ginásios esportivos e igrejas viraram abrigos. Hospitais ficaram cheios de feridos na primeira semana; estando a maioria já recuperada. Cerca de 15 dias depois da catástrofe, doenças como leptospirose (provocada pelo contato com a urina de rato) começaram a assolar a população. Autoridades então passaram a monitorar casos confirmados e pacientes suspeitos, além de educar o povo em relação à prevenção.

 

As cidades de Nova Friburgo, Teresópolis, Petrópolis, Sumidouro, São José do Vale do Rio Preto, Bom Jardim e Areal foram as mais afetadas e decretaram estado de calamidade pública. Serviços como água, luz e telefone foram interrompidos, estradas foram interditadas, pontes caíram e bairros ficaram isolados durante alguns dias.
As três esferas de governo se uniram para ajudar as vítimas e reconstruir as cidades. No dia 14 de janeiro, a presidente Dilma Rousseff liberou R$ 100 milhões para ações de socorro e assistência. Além disso, o governo federal anunciou a antecipação do Bolsa Família para os 20 mil inscritos no programa em Nova Friburgo, Teresópolis e Petrópolis. No dia 27 do mesmo mês, a presidente esteve no Rio e anunciou a entrega de 8.000 casas para desabrigados.
A ajuda também veio através de doações. Pessoas de diversos estados e países se comoveram com a tragédia e enviaram principalmente dinheiro, roupas, alimentos, remédios, água e colchões. Em fevereiro, as maiores necessidades, de acordo com as prefeituras dos municípios afetados, são material de limpeza, material de higiene pessoal e material descartável (como copos e fraldas).
Os animais que perderam seus donos e conseguiram sobreviver não foram esquecidos pela corrente de solidariedade. Entidades de defesa dos animais e pet shops organizaram feira de adoções. Centenas de cães e gatos ganharam novos lares e há até fila de espera de pessoas interessadas em cuidar dos bichinhos.
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R7

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