Subiu para 817 o número de mortos pelas chuvas que devastaram seis municípios da Região Serrana do Rio há duas semanas. De acordo com boletim divulgado pela Polícia Civil, somente em Nova Friburgo foram 395 vítimas fatais. As enchentes mataram ainda 329 pessoas em Teresópolis, 67 em Petrópolis, 21 em Sumidouro, quatro em São José do Vale do Rio Preto e uma em Bom Jardim.
A Secretaria Estadual de Saúde e Defesa Civil informa ainda que as chuvas deixaram 12.821 pessoas desalojadas (abrigadas por parentes ou amigos) e 12.293 desabrigadas (acolhidas em abrigos públicos).
Além dos municípios que registraram vítimas fatais, tiveram de deixar suas casas moradores das cidades de Areal, Santa Maria Madalena, Sapucaia, Paraíba do Sul, São Sebastião do Alto, Três Rios, Cordeiro, Carmo, Macuco e Cantagalo.
MP contabiliza 513 desaparecidos
O número de desaparecidos registrados pelo Programa de Identificação de Vítimas (PIV) do Ministério Público do Estado do Rio (MPRJ) contabiliza 513 nomes na Região Serrana. Apenas em Teresópolis, são 234 pessoas que ainda não foram localizadas por familiares e amigos. A lista nominal pode ser consultada no site do MPRJ.
Os números atualizados pelo PIV de registros de desaparecidos contabiliza ainda 45 pessoas em Petrópolis, 38 em localidades não informadas, quatro em Sumidouro, dois em Bom Jardim, um em Cordeiro e dois em São José do Vale do Rio Preto.
De acordo com o MP, em Nova Friburgo, o número chegou a 187. O posto friburguense do PIV fica na Praça Demerval Barbosa s/nº, Centro. Coordenado pelo Procurador de Justiça Rogério Scantamburlo e pelo Promotor de Justiça Pedro Borges Mourão, o PIV consolida diariamente as listas com informações registradas por parentes e amigos e checadas com os dados de hospitais e do IML. Em Teresópolis, o posto do PIV funciona na Praça Luís de Camões s/nº, Centro.
O PIV em Teresópolis funciona na Coordenação do Centro Regional, na Rua Marechal Deodoro 88, no Centro. O MPRJ também montou um posto de atendimento avançado na Sala do MP no Fórum do Distrito de Itaipava, na Estrada União Indústria s/nº, ao lado do Corpo de Bombeiros. Os postos funcionam de segunda a sexta-feira, das 9h às 18h.
O Centro Regional de Apoio Administrativo e Institucional (CRAAI) de Teresópolis também disponibilizou no site da instituição uma lista nominal dos abrigados, hospitalizados e do IML do Município.
O MP informa que o registro de desaparecimento de familiares ou conhecidos também pode ser feito por meio de formulário, disponível no site do MPRJ, ou pelos telefones (21) 2283-6466, 2283-6460, 2283-5674, 2283-6489 e 2283-6498.
Região Serrana enfrenta a pior catástrofe de sua história
Castigada por um temporal que fez chover em 24 horas mais do que era esperado para todo o mês, a Região Serrana do Rio enfrenta desde a noite da terça-feira 11 de janeiro a pior catástrofe natural do Brasil. Com o número de mortos, desabrigados, desalojados, feridos e desaparecidos, a tragédia já superou o registrado em janeiro do ano passado, em Angra dos Reis e, em abril, na capital e Niterói.
Localidades inteiras foram soterradas por lama no município de Teresópolis. No bairro Caleme, uma represa da Cedae transbordou por causa da tromba d’água, provocando o deslizamento de encostas sobre casas e carros. Em Nova Friburgo, três bombeiros que seguiam para resgatar vítimas quando o carro onde estavam foi soterrado por uma avalanche.
Petrópolis também sofreu devastação em diferentes pontos. O Distrito de Itaipava foi o mais atingido. O soterramento de uma casa na localidade Vale do Cuiabá matou 12 pessoas de uma mesma família. Corpos foram recolhidos por moradores e depositados às margens de um rio à espera de resgate. Sumidouro e São José do Vale do Rio Preto, também cidades da região, também contabilizam mortos.
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O Dia

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