Vítimas de chacina são enterradas em São Pedro da Aldeia


Familiares e amigos se despedem das vítimas.
Enterro foi marcado pela dor e anseio por justiça.

Foram enterrados na tarde desta segunda-feira (15) os corpos de Douglas Santos da Silva, Pablo Gama da Silva  e Willians de Souza Pereira, três das quatro vítimas da chacina em uma agência de carros na Vila Valqueire, no último sábado (13), no Rio de Janeiro. O sepultamento ocorreu no cemitério municipal de São Pedro da Aldeia, na Região dos Lagos do RJ, com apoio da Polícia Militar e da guarda municipal.
O crime aconteceu no último sábado (13) no subúrbio da capital fluminense, quando Pâmela Gama da Silva reuniu um grupo de cinco pessoas - quatro familiares e um amigo - para cobrar uma dívida de R$ 2 mil em uma concessionária. Após a cobrança feita, três homens armados seguiram o grupo e dispararam contra eles. Quatro morreram, um foi ferido no pé sem gravidade e Pâmela escapou ilesa.

Enterro
Do lado de fora da capela, dezenas de pessoas aguardavam o momento para prestar o último adeus às vítimas. Ao final do velório, muitos familiares passaram mal e foram retirados do local com ajuda de parentes.
O enterro seria no domingo (14), mas foi adiado para a tarde desta segunda-feira (15), porque a guia de sepultamento estava no Rio de Janeiro e não chegou a tempo para a liberação dos corpos no mesmo dia. 
Pâmela Gama da Silva esteve na capela mortuária no início da tarde desta segunda-feira. Ela chegou escoltada pela polícia e entrou em apenas duas capelas, onde estavam sendo velados o irmão Pablo e o avô, Willians. O outro irmão dela, Jonathan Julio Gama (ferido na mesma chacina), não foi autorizado pela polícia para comparecer ao local. 
Corpos foram enterrados
A família de Douglas Santos da Silva, também morto no assassinato, não permitiu que Pâmela Gama da Silva se aproximasse do caixão, por crer que ela provocou o incidente. Pâmela foi levada para a casa de parentes e não acompanhou os sepultamentos. 
Caroline Batista, de 13 anos, era namorada de Douglas. A adolescente estava inconformada. "O que eu quero, agora, é justiça. Ele era uma pessoa do bem, não fazia nada contra ninguém e morre dessa forma", afirmou emocionada.
Primo de outra vítima, Nilton Rocha aguarda o desfecho de toda história. "Temos a informação de que algumas pessoas foram presas e outras estão sendo reconhecidas, mas a gente se sente muito confuso porque não sabemos o que realmente está acontecendo. Nossa família está destroçada com a morte do Pablo", lamentou. 
Entenda o caso
Pâmela deu R$ 2 mil de entrada em um carro, mas não recebeu o veículo. Segundo familiares, o négocio foi fechado em dezembro de 2012, mas até o início do mês de abril, o automóvel não havia chegado na concessionária. Insatisfeita, a jovem compareceu várias vezes ao estabelecimento pedindo o dinheiro de volta, sem sucesso.
Na manhã deste sábado (13), Pâmela reuniu um grupo de cinco pessoas - quatro familiares e um amigo - para ajudá-la a fazer a cobrança. Novamente o gerente da agência de veículos afirmou que não tinha recursos para ressarcir o valor pago por ela.
Segundo a polícia, depois deste fato, a família se dirigiu a uma segunda loja de carros. Foi neste momento, que três suspeitos chegaram ao local em um carro, armados e perguntaram se era aquele grupo que havia feito a cobrança na concessionária ao lado. Então, efetuaram os disparos contra as cinco pessoas. Pâmela foi salva, pois o vendedor disse que ela não estaria com o grupo.
Os suspeitos do assassinato fizeram menção à dívida de R$ 2 mil que a família de Pâmela Silva foi cobrar na concessionária, antes de fazer os disparos contra as vítimas.
Ainda segundo a Divisão de Homicídios (DH), ela foi ouvida na noite de sábado. O vendedor do estabelecimento comercial, que presenciou o crime, e o dono da agência onde as vítimas cobraram os R$ 2 mil reais também prestaram depoimento. Até o momento, a polícia não descarta nenhuma possibilidade quanto à motivação do crime.
O crime
De acordo com informações do delegado Clemente Braune, da DH, das seis pessoas abordadas em uma concessionária de automóveis na Estrada Intendente Magalhães, cinco foram baleadas. Pablo Gama da Silva, Douglas Santos da Silva e Willians de Souza Pereira morreram no local.
 Tailor Vinicius Pires da Silva foi encaminhado para o Hospital Carlos Chagas, mas morreu na unidade. Ele foi enterrado na tarde deste domingo, no Cemitério do Caju, na Zona Portuária do Rio. Jonathan Julio Gama levou um tiro no pé e foi internado no hospital Albert Schweitzer, em Realengo, na Zona Oeste.
Ainda segundo o delegado, câmeras de segurança do estabelecimento serão analisadas ainda neste domingo e o gerente da loja que se recusou a devolver os R$ 2 mil também será ouvido na sede da DH, na Barra da Tijuca, Zona Oeste. Policiais realizam novas diligências na região neste domingo.
Ainda segundo depoimentos, após o gerente afirmar ao grupo que não tinha o dinheiro, houve discussão e os familiares ameaçaram quebrar os vidros dos carros caso a quantia não fosse devolvida.
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G1


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