Operação fiscaliza a participação obrigatória de funcionários públicos em campanha eleitoral em Magé

Eleições para prefeito serão realizadas no dia 17 de julho

O cartório eleitoral de Magé, na Baixada Fluminense, iniciou na manhã desta sexta-feira (8) uma operação com apoio do Ministério Público Federal e das das polícias Federal, Rodoviária e Militar para verificar a denúncia de que funcionários da prefeitura estariam sendo obrigados a trabalhar em campanha eleitoral.
Segundo o fiscal eleitoral Antônio da Silva Araújo, a ação conta com quatro equipes em diversas áreas para fiscalizar o envolvimento irregular dos funcionários. As eleições para prefeito na cidade serão realizadas no próximo dia 17.

- Estamos indo aos PSF (Programa de Saúde da Família) e aos hospitais porque 95% dos funcionários são cargos comissionados e quando chega essa época de campanha eles são obrigados a trabalhar. Vão aos locais de trabalho só bater o ponto e depois saem para campanha. Como chegaram muitas denúncias, o Ministério Público pediu para fazermos essa verificação.
Araújo informou que os agentes são obrigados a trabalhar na campanha eleitoral, sob a ameaça de perder o emprego. Segundo ele, a população também está sendo ameaçada.
- Eles são coagidos a trabalhar. Caso eles não queriam, perdem o emprego. As pessoas que vão buscar atendimento para ser tratar têm que dizer que vão votar no governo e têm que deixar colocar placas nas casas; caso o contrário não são atendidas.
O fiscal revela que alguns materiais já foram apreendidos e que está sendo feita uma varredura completa em documentos e até mesmo em prontuários.
- Já apreendemos documentos que pediam título eleitoral. Estamos fazendo uma busca completa. Não pode haver nenhuma propaganda em órgãos públicos.
A prefeitura não havia se manifestado sobre a operação até a publicação desta reportagem.
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R7

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