Ex-vereador Betão morre em Porto Real

Betão (à direita) em uma de suas cavalgadas, atividade que exercia quando se acidentouO administrador regional de Porto Real, Carlos Alberto do Rosário, o Betão, foi enterrado na manhã de hoje, no cemitério municipal de Quatis. Betão estava internado desde o último sábado, após sofrer um acidente de trânsito e não resistiu. O prefeito da cidade, Jorge Serfiotis (DEM), decretou luto oficial de três dias.

Relatos ainda não confirmados pela polícia dão conta que Betão teria ido à região da Fumaça, distrito de Resende, junto com um grupo de cavalgada, uma de suas atividades frequentes. Ao retornar, teria trocado o cavalo por uma motocicleta, mas caiu e bateu a cabeça no meio do percurso. Ele foi encontrado e socorrido no próprio local e, em seguida, levado para um hospital.


O prefeito da cidade lamentou o ocorrido. - Quero manifestar à família do Betão, em nome de Porto Real, nossos sinceros sentimentos, porque o momento é de consternação pelo político, pelo amigo e pelo pai de família que foi - declarou, em nota. Segundo o amigo e vereador Sérgio Rothe (PTB), os dois se conheceram por intermédio do partido - já que Sérgio também preside a sigla - e também por atuarem juntos como vereador entre 2005 e 2008. Betão também já havia cumprido mandato entre 2001 e 2004. Segundo Rothe, o administrador regional ficou decepcionado com o resultado do último pleito para vereador.


- Fomos vereadores juntos na legenda anterior e pelo mesmo partido. Mas na última eleição dessa ele não conseguiu. Ele tinha ficado com um sentimento muito ruim, de ter se enfraquecido. Ele era muito trabalhador, mas também precisava do viés político, porque era muito bairrista: fazia tudo por sua comunidade, Bulhões - lembrou.

Rothe, também não havia entrado para a Câmara de Vereadores e estava como secretário de Obras. Quando o prefeito convidou Betão para integrar a equipe da mesma secretaria, o presidente do PTB o chamou para trabalhar com ele.


- O prefeito o chamou para Obras e eu o chamei para trabalhar comigo, me dispus a tê-lo como parceiro. Dividi a cidade em dois setores, A e B, e deixei o A para ele tomar conta. Montei uma equipe e dei os equipamentos para ele e ele sempre fez um trabalho muito bom comigo. Depois de dois anos fui chamado para ingressar na Câmara, mas a equipe da secretaria de Obras se manteve - relatou.

O objetivo ao chamar o amigo para a secretaria não foi apenas fazer passar o "sentimento ruim", mas também ajudar em sua retomada política. - A ideia foi fazer ele ter contato direto com o público, ter uma nova visão da realidade da cidade para o manter politicamente. Acho que isso revigorou sua experiência e seus projetos para ele disputar com bastante chance de obter êxito a eleição de 2012 - justificou. Para ele, a cidade perdeu um grande líder.

- Eu perdi um companheiro de trabalho, mas a cidade perdeu mais. Ele representava clara e definidamente sua comunidade de origem e esse tipo de pessoa não se forma da noite para o dia, é o tipo de líder que acontece, à medida que vai recebendo confiança e se transforma nessa liderança. Além da instrução acadêmica é preciso gostar de gente e o município que perde alguém assim é sempre prejudicado porque é menos um para representar a sociedade. Estamos tristes porque não vamos ter a opção do Betão em nossa próxima cédula eleitoral - lamentou o vereador.Betão deixou mulher e três filhos. 
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Diário do Vale

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