Monique troca Rio por Macaé e deixa difícil época de banco para trás


Monique e Michelle, gêmeas do vôlei (Foto: Divulgação)

'É a chance de ser vista, a chance de mostrar o que eu aprendi lá', diz a oposta

“Com certeza, fiz a coisa certa”, diz Monique Pavão, sobre a difícil decisão de trocar o Rio de Janeiro pelo Macaé. Frustrada por ter poucas oportunidades de mostrar seu talento em um grupo com tantas estrelas, a carioca resolveu apostar no projeto de um time menos badalado. Hoje, a oposta comemora a chance de colocar em prática o que aprendeu com o técnico Bernardinho. Titular absoluta, ela está se destacando na Superliga feminina 2010/11, com elogiadas atuações, inclusive na vitória sobre sua antiga “casa”.

- Com certeza, fiz a escolha certa. Tive a oportunidade de jogar, era isso que eu queria mesmo. É a chance de ser vista, a chance de mostrar o que eu aprendi lá. Agora, chegou a hora de colocar em prática – explicou Monique.
Um dos grandes sonhos de qualquer atleta é fazer parte das melhores equipes. Com Monique, não foi diferente. Mas, após três anos jogando no Rio de Janeiro, a oposta começou a reavaliar sua situação. As entradas inconstantes em quadra já não saciavam mais a fome de bola natural de uma jovem atleta de 24 anos.
- Eu queria sair para jogar por que fiquei três anos no Rio como reserva. Entrava mais para fazer inversão. Eu queria ser titular e, como recebi a proposta do Macaé, resolvi aceitar.
Monique conseguiu o que queria. Ganhou a posição de titular e fez por onde ser considerada um dos destaques da equipe e da Superliga feminina. A simpática oposta, que até o ano passado amargurava a posição de coadjuvante, hoje está no top 10 do ranking das maiores pontuadoras da competição. Com direito a elogiadas atuações, inclusive na incrível vitória sobre o Rio de Janeiro, no início do mês.
- Foi realmente um jogo para ficar para a história. Foi inesquecível ganhar delas, ainda mais da maneira que foi, de 3 a 0. Nós sempre tivemos um sonho de um dia ganhar, mas não sabíamos que isso iria se concretizar agora nessa temporada. Todo jogo a gente quer ganhar, claro, mas a gente sabe da dificuldade e do nível das jogadoras.
Irmã gêmea passa de colega de equipe para adversária
Uma reviravolta aconteceu na vida de Monique nos últimos meses. Além de mudar de cidade e de time, a carioca teve de se adaptar a encarar sua irmã gêmea Michelle como adversária. Antes companheiras de equipe no Rio de Janeiro, as duas irmãs foram para cantos diferentes. Enquanto Monique se mudou para Macaé, Michelle foi contratada pelo Minas.
- Jogar contra ela, ver ela do outro lado, é difícil. Mas eu sei que tenho que ganhar. Depois do jogo, a gente se fala e eu torço por ela e ela torce por mim. Mas, dentro de quadra, é cada uma defendendo o seu time. A gente deixa essa relação de irmãs para depois – contou a oposta.
As irmãs são unidas, mas não se esquecem que agora também são rivais. Monique deixa claro que dentro de quadra a parceria tem de ficar de lado.
- Não pode contar todas as armas. Tem que manter uns segredinhos mesmo sendo irmã. Se não, na hora do jogo, vai ficar fácil para elas.
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Globo Esporte
Foto: Reprodução / GE

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