Ministério Público realiza audiência pública em Nova Friburgo, na região serrana do Rio

Objetivo é informar aos cidadãos as providências adotadas em áreas de risco

O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro vai realizar nesta segunda-feira (14) uma audiência pública, às 14h, em Nova Friburgo, na região serrana do Estado do Rio de Janeiro. O encontro tem como objetivo informar aos cidadãos quais providências estão sendo adotadas em áreas de risco pelos órgãos públicos responsáveis, em razão das chuvas ocorridas em janeiro, e ouvir as dúvidas, sugestões e necessidades dos moradores. 

Estarão presentes representantes do Exército, do Ministério Público Federal, do município, do Departamento de Recursos Minerais, do Instituto Estadual do Ambiente, das defesas Civil Estadual e Municipal e do Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro. 

A audiência pública acontecerá no Teatro Barão de Nova Friburgo, no Country Clube, localizado à avenida Conselheiro Julius Arp, número 140, no Parque São Clemente.

Tragédia das chuvas 

Um forte temporal atingiu a região serrana do Estado do Rio de Janeiro entre a noite de 11 de janeiro e a manhã do dia seguinte. Choveu em um 24 horas o esperado para o mês inteiro e o resultado foi a maior tragédia climática registrada no país, segundo especialistas de várias áreas.

Deslizamentos de terra e enchentes mataram mais de 800 pessoas e deixaram mais de 400 desaparecidas. Cerca de 30 mil sobreviventes ficaram desalojados ou desabrigados. Escolas, ginásios esportivos e igrejas viraram abrigos. Hospitais ficaram cheios de feridos na primeira semana; estando a maioria já recuperada. Cerca de 15 dias depois da catástrofe, doenças como leptospirose (provocada pelo contato com a urina de rato) começaram a assolar a população. Autoridades então passaram a monitorar casos confirmados e pacientes suspeitos, além de educar o povo em relação à prevenção.

 

As cidades de Nova Friburgo, Teresópolis, Petrópolis, Sumidouro, São José do Vale do Rio Preto, Bom Jardim e Areal foram as mais afetadas e decretaram estado de calamidade pública. Serviços como água, luz e telefone foram interrompidos, estradas foram interditadas, pontes caíram e bairros ficaram isolados durante alguns dias.

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R7