O monomotor modelo PA-22, prefixo PT-BCR, caiu por volta das 13h20min de hoje (30), próximo a um campo de futebol, às margens da estrada Resende-Riachuelo, no bairro Cidade da Alegria, em Resende. O instrutor Artur Rodrigues Maio e o aluno Diego Marques, ambos de 23 anos, realizaram um pouso de emergência após notarem uma pane no motor da aeronave, meia hora depois de decolarem do Aeroporto Municipal de Resende.
O comandante do avião foi socorrido e imobilizado pelos bombeiros. Ele apresentava sangramento na cabeça e, segundo testemunhas, estava inconsciente.
Artur foi levado para o Hospital de Emergência de Resende e, depois, para o Hospital Samer, onde foi submetido a uma tomografia para saber se tinha sofrido um traumatismo craniano e também apresentava insuficiência respiratória. Em seguida, o piloto foi levado para o Hospital do Unimed.
Já Diego saiu andando da aeronave e teve apenas escoriações leves. O presidente do Aeroclube de Resende, Ricardo Manso Vieira, disse que o aluno chegou a socorrer a mãe dele que desmaiou quando chegou ao local do acidente.
Segundo Ricardo, o instrutor informou pelo rádio à sede do aeroporto, por volta das 13h20 (meia hora após o avião ter decolado) sobre a pane real no motor da aeronave. Artur, depois disso, tentou um pouso forçado.
- Após comunicar sobre a pane, Artur colocou o avião em situação de planeio e visualizou pousar em um campo de futebol, mas não conseguiu, porque uma das asas bateu na cerca do entorno do campo. Por isso, a aeronave pilonou. É parecido com a capotagem de um carro - explicou Ricardo, que administra o curso de pilotagem.
Ele informou ainda que era o segundo voo do dia de Artur e que o piloto estava na terceira decolagem. O instrutor e o aluno realizavam o exercício conhecido como toque e arremete (é quando a aeronave pousa e decola imediatamente).
No fim da tarde, estavam sendo aguardados os técnicos do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), do Rio de Janeiro. De acordo com Ricardo, só eles poderiam liberar a retirada do avião do local e emitir um laudo sobre a causa do acidente.
Um perito do Instituto de Criminalística Carlos Éboli (ICCE) também esteve no local, que foi isolado. O avião é um modelo Piper 22, fabricado em 1954, nos Estados Unidos. Era utilizado pelo Aero Clube de Resende desde outubro de 2012. Os 15 alunos do curso de pilotagem contam agora, com apenas um monomotor para suas aulas práticas.
O último acidente que tinha sido registrado em Resende ocorreu no dia 28 de abril de 2010, quando o major do Grupamento Aéreo do Corpo de Bombeiros Jasper Sanderson e o aspirante a oficial do 23º Grupamento do Corpo de Bombeiros Luís Guilherme Neto, de 27 anos, morreram carbonizados, quando o monomotor do Corpo de Bombeiros em que eles estavam apresentou uma pane dois minutos depois de decolar do Aeroporto de Resende. A queda aconteceu quando a aeronave sobrevoava o bairro Santa Isabel.
Na época, o avião caiu na Rua José Estevam da Motta, em frente ao Condomínio Residencial Ricardo Tomás. No local, havia três blocos de apartamentos, com cerca de 60 famílias. No momento em que o avião caiu, as labaredas atingiram a altura dos cinco andares do bloco em frente.
Os moradores tiveram que ser retirados do local, porque ainda havia perigo de explosões. De acordo com informações dos bombeiros, o objetivo do voo era reconhecer as áreas de matas da região e, posteriormente, realizar treinamentos com a corporação para casos de incêndios em florestas.
Segundo o major Mauro Júnior, Luis Guilherme era aspirante recém-formado e estava servindo em Resende desde dezembro do ano passado.
O major do Grupamento Aéreo do Corpo de Bombeiros, Jasper Sanderson, veio do Rio de Janeiro para fazer um reconhecimento da área. O avião era zerado. O avião tinha capacidade para carregar até 3.100 litros d´água e serve para apagar incêndios em florestas.
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Diário do Vale
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