Conter o avanço da dengue 4 é impossível, diz especialista

Superintendente de Vigilância Ambiental e Epidemiológica do Rio afirma que "nada leva a crer que dê para conter" a proliferação do novo vírus no estado

Mosquito da dengue
Cecília Ritto, do Rio de Janeiro
“A dinâmica da circulação dos sorotipos de dengue é muito complexa e incompletamente compreendida. Sabe-se que, durante a circulação intensa por alguns anos de um dado sorotipo, a tendência é ele ‘quase desaparecer’ por diminuição dos suscetíveis”, explica o pesquisador Pedro Vasconcelos, chefe do Departamento de Arbovirologia e Febres Hemorrágicas do Instituto Evandro Chagas
A partir da confirmação dos dois primeiros casos de dengue tipo 4 no Rio de Janeiro, no dia 23 de março, a Secretaria Estadual de Saúde trabalha com a certeza de que essa variação do vírus da doença está disseminada entre a população. E de que nenhuma ação de bloqueio é possível a partir de agora. “Nada leva a crer que dê para conter. A situação já está colocada”, afirma o superintendente em Vigilância Ambiental e Epidemiológica do Rio de Janeiro, Alexandre Chieppe. O combate à Dengue 4, como alertam as autoridades, é rigorosamente o mesmo das demais variações: eliminação de focos do mosquito transmissor.

Do começo de janeiro até o final de março, 23 pessoas morreram no Rio de Janeiro por causa da dengue e 31.412 casos foram notificados como suspeitos da doença. Os dez municípios que enfrentaram uma epidemia no verão começam a se recuperar, mas ainda apresentam altos índices da doença pelo índice acumulado. A pior taxa de incidência da dengue é em Bom Jesus do Itabapoana, no noroeste fluminense, onde há 3.343,3 casos por 100 mil habitantes.


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