Importante matéria no Globo Rural, neste domingo, mostrou o esforço da pesquisa no Brasil para desenvolver a piscicultura. Depois do desenvolvimento de espécies de água doce como: tilápia e carpa, pesquisadores de São Paulo, Santa Catarina e Paraná, trabalham no sentido da busca de tecnologias para desenvolver a espécie robalo, cuja origem é a água salgada. A escassez, a forte demanda e o alto preço representa um fator de incentivo. O processo de reprodução em laboratório tem sido um grande aliado para a evolução desse esforço.
Em Atafona, São João da Barra, existe um projeto similar voltado para o desenvolvimento da piscicultura de tilápia desde 2004. Apesar da viabilidade técnica, algumas dificuldades de ordem estrutural foram observadas. A primeira e mais importante, diz respeito a impossibilidade de institucionalização, ou seja, o desinteresse do poder público em relação ao projeto. Um outro problema, diz respeito a ausencia do perfil empreendedor localmente. Ficou evidente a postura de dependência dos produtores rurais ao governo, numa resposta à estratégia de dominio da política partidária, muito comum na região. Finalmente, a cultura individualista que representa um fator inibidor da ação coletiva e que contribui para a baixa competitividade das atividades econômicas.
Neste caso, os esforços continuam em busca de novas parcerias e na manutenção dos importantes resultados conseguidos, tais como: a introdução do consumo de tilápia no município, a experiência na aplicação da metodologia, a formação e manutenção de parceria com base na confiança, além de publicações científicas importantes.
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Fonte: Economia N. Fluminense
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