Município do Rio tem 1.023 casos de dengue em um dia

Fábio Motta / AE
Em 24 horas, Rio registra 1.023 novos casos de dengue.
Em média, 42 confirmações por hora

Número equivale a 42 infectados por hora nas últimas 24 horas
As notificações confirmadas de dengue na cidade do Rio de Janeiro chegaram a 39.018 casos, com aumento de 1.023 infectados em apenas 24 horas, o que equivale a 42 infectados por hora, segundo balanço divulgado nesta quarta-feira (10) pela Secretaria Municipal de Saúde. As autoridades alertam para que se intensifiquem os cuidados com os possíveis focos de larvas do Aedes aegypti, responsável pela transmissão do vírus da dengue.

Apenas nos primeiros cinco meses de 2011, o número de mortes por dengue no Rio de Janeiro registrou um aumento de 35% em relação a todo o ano de 2010. Até a última quarta-feira (11), a Secretaria Estadual de Saúde confirmou 66 mortes, contra 43 contabilizadas entre janeiro e dezembro do ano passado.


Levando-se em conta a última semana, foram 14 mortes. A média de pessoas com suspeita da doença no Estado chega a 677 por dia, resultando um total de 85.415 casos.


Segundo a Secretaria de Saúde, 18 municípios já alcançaram o estágio de epidemia. São eles: Bom Jesus de Itabapoana, Santo Antônio de Pádua, Cantagalo, Mangaratiba, Cordeiro, Guapimirim, Seropédica, Magé, Silva Jardim, Cabo Frio, Macuco, Iguaba Grande, Quissamã, Rio das Ostras, Angra dos Reis, Mesquita, Vassouras e Cambuci. Problema no desenvolvimento do Brasil

A revista inglesa The Lancet, uma das mais importantes publicações da área médica em todo o mundo, lançou na segunda-feira (9) uma edição especial sobre a saúde dos brasileiros. O trabalho de dois anos resultou em seis artigos sobre os progressos, fracassos e desafios do Brasil.

A dengue aparece como um dos maiores problemas de saúde pública do país. Na última década, foram registrados cerca de 3,5 milhões de casos – entre eles, 12 mil da forma grave da doença (hemorrágica) - e 900 mortes. Para os especialistas, os esforços devem ter como prioridade o surgimento de vacinas contra a doença.
Jovens têm mais riscos
A disseminação do vírus da dengue entre a população jovem com a volta do vírus tipo 1 no Estado do Rio de Janeiro tem preocupado as autoridades de saúde, segundo o superintendente de Vigilância Epidemiológica e Ambiental da Secretaria Estadual de Saúde do Rio, Alexandre Chieppe.
O vírus tipo 1 não era detectado desde meados da década de 1980, mas reapareceu no ano passado. Com isso, jovens, crianças e adolescentes, que nasceram após esse período, não têm imunidade ao vírus, ficando mais suscetíveis à doença.
- As pessoas que nasceram no final da década de 80 não têm imunidade. É uma população muito grande suscetível ao vírus.
Segundo Chieppe, do total de casos investigados pela secretaria apenas 4% tiveram complicações e 1% foram considerados graves.
Outra preocupação é com os municípios da Baixada Fluminense, Niterói e São Gonçalo, cidades onde a grande densidade populacional aumenta o risco de contaminação da dengue, que atinge seu pico nos meses de março e abril.
O Rio de Janeiro está entre os 16 estados com alto risco de epidemia de dengue, segundo levantamento divulgado pelo Ministério da Saúde.
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R7

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