Barra Mansa faz campanha contra o crack em outdoors

Objetivo é alcançar a população como um todo, prevenindo quanto ao uso do entorpecente

Barra Mansa
A Secretaria Municipal de Barra Mansa divulgou um alerta contra o uso do crack - droga feita a partir da mistura de pasta de cocaína com bicarbonato de sódio. Em outdoors espalhados pela cidade a seguinte mensagem divulgada: "O crack causa dependência desde a primeira vez. Não experimente. Pode não haver uma segunda vez".
De acordo com a coordenadora do Programa de Saúde Mental, Maria Elvira Dias, os outdoors foram colocados com o objetivo de alcançar a população como um todo, prevenindo quanto ao uso do entorpecente. Segundo ela, houve um aumento significativo na procura de usuários de crack no programa de auxílio a dependentes químicos.


- A prefeitura percebeu uma associação entre esse aumento de usuários e ocorrências de violência na cidade. Também temos percebido o aumento na procura por tratamento, pois o crack é uma droga que destrói o organismo da pessoa rapidamente - disse.
A coordenadora informou que em 2009, 70% da procura em programas de tratamento a dependência química era de alcoólatras e 9% de usuários de crack. Em 2010, a procura de alcoólatras foi de 34% enquanto o número de usuários da droga aumentou para 32%.
- Não só em Barra Mansa, mas em todo o país houve esse "boom" de usuários de crack - comentou.
De acordo com o Ministério da Saúde nenhuma outra substância ilícita vendida no país tem semelhante poder de dependência. Apesar de ser menos consumida que outras substâncias, como álcool, tabaco, maconha e cocaína, os danos causados por ela são tão graves que produzem a impressão de que o número de usuários é bem maior.
Os consumidores de crack são expostos a riscos sociais e a diversas formas de violência. Muitas vezes, quando os efeitos da droga diminuem no organismo da pessoa, ela sente sintomas de depressão e paranóia. Entre outros sintomas comuns se encontram a desnutrição, rachadura nos lábios, sangramento na gengiva e corrosão dos dentes; tosse, lesões respiratórias e maior risco para contrair o vírus HIV e hepatites.
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Diário do Vale

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