Ministro do Trabalho anuncia criação de 13 mil vagas de qualificação profissional na região serrana

Oportunidades serão geradas por intermédio do programa Projovem Trabalhador

O ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi, anunciou nesta segunda-feira (14) a criação de 13 mil vagas em programas de qualificação profissional nos municípios da região serrana atingidos pelas chuvas no mês passado. 

De acordo com o ministro, as oportunidades vão ser geradas por intermédio do programa Projovem Trabalhador, que prepara o jovem para o mercado de trabalho e para ocupações alternativas geradoras de renda. Podem participar os jovens desempregados com idades entre 18 e 29 anos e que sejam membros de famílias com renda per capita de até meio salário mínimo. 

Outro programa que poderá ser adotado na região é o Bolsa-Qualificação, modalidade de seguro-desemprego concedida a trabalhadores com contrato de trabalho suspenso temporariamente, que têm direito a receber até cinco parcelas similares às do seguro-desemprego, enquanto participam de cursos de qualificação profissional. 

O ministro explicou que, quando os empregadores aderem ao Bolsa-Qualificação, seus trabalhadores não precisam ser demitidos. Eles têm contrato de trabalho suspenso temporariamente e, enquanto participam de cursos de qualificação profissional, o governo federal paga um benefício entre R$ 510 e R$ 1 mil para manter a renda do empregado. 

Lupi disse também que no mês passado o Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador anunciou a prorrogação por até dois meses da concessão do seguro-desemprego aos trabalhadores dos municípios atingidos pelas enxurradas. Ao total, 58 mil trabalhadores serão beneficiados o que corresponde a cerca de R$ 33 milhões injetados na economia da região.

Tragédia das chuvas 
Um forte temporal atingiu a região serrana do Estado do Rio de Janeiro entre a noite de 11 de janeiro e a manhã do dia seguinte. Choveu em 24 horas o esperado para o mês inteiro e o resultado foi a maior tragédia climática registrada no país, segundo especialistas de várias áreas.
Deslizamentos de terra e enchentes mataram quase 900 pessoas e deixaram mais de 400 desaparecidas. Cerca de 30 mil sobreviventes ficaram desalojados ou desabrigados. Escolas, ginásios esportivos e igrejas viraram abrigos. Hospitais ficaram cheios de feridos na primeira semana; estando a maioria já recuperada. Cerca de 15 dias depois da catástrofe, doenças como leptospirose (provocada pelo contato com a urina de rato) começaram a assolar a população. Autoridades então passaram a monitorar casos confirmados e pacientes suspeitos, além de educar o povo em relação à prevenção.
 
As cidades de Nova Friburgo, Teresópolis, Petrópolis, Sumidouro, São José do Vale do Rio Preto, Bom Jardim e Areal foram as mais afetadas e decretaram estado de calamidade pública. Serviços como água, luz e telefone foram interrompidos, estradas foram interditadas, pontes caíram e bairros ficaram isolados durante alguns dias.

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R7

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