A proposta é atrair a participação popular
Em Quissamã, no norte do estado, a prefeitura está estimulando o uso de armadilhas caseiras para combater o mosquito Aedes Aegypti transmissor da dengue. A intenção é aumentar a participação da comunidade no combate à doença.
A mosquitérica, como é conhecida a armadilha caseira, foi inventada por um professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), e é construída a partir de uma garrafa plástica de refrigerante. O assessor especial de governo, José Ricardo Pedruzzi, explica que a ideia é fazer uma corrente popular, mobilizando várias entidades sociais, como escolas, associações de moradores e etc.
- Com uma simples operação, é possível conseguir uma queda sensível na proliferação do mosquito.
A mosquitérica
Segundo Pedruzzi, a confecção da armadilha caseira não tem mistério. Baseada na invenção do professor da UFRJ, Maulori Cabral, a Mosquitérica é feita a partir de uma garrafa de refrigerante cortada ao meio. Um pedaço de tela fina é colocado na “boca” da garrafa (usando o anel do lacre como presilha). Depois de encher a parte inferior da garrafa com água (até a metade), coloca-se o alimento (quatro grãos de arroz ou de alpiste triturados) dentro da água. A fêmea do mosquito só põe ovos onde identifica que na água possua alimento para as larvas. A próxima etapa é encaixar as partes da garrafa de forma invertida e fixá-las com fita isolante. Depois de pronta a armadilha deve ficar em local fresco e sombreado.
Na armadilha, a fêmea põe os ovos na água, que descerão pelos buracos da tela e ficarão na parte inferior do recipiente. A presença da barreira na forma de tela não permite que as larvas passem de volta para a parte superior do recipiente. É necessário, periodicamente, lavar o recipiente e matar as larvas com cloro.
Para prevenir a dengue, a orientação de especialistas é não deixar acumular água em pneus, recipientes, potes de alimento de animais, tampas de garrafas, entre outros lugares onde o Aedes Aegypti pode proliferar.
Para a corrente popular de Quissamã a ideia é que cada família construa dez armadilhas, espalhe cinco pelo quintal e dê o restante para os vizinhos, pedindo que eles façam o mesmo. Segundo cálculos de Pedruzzi, se cada um fizer a sua parte, em cinco rodadas haverá 3.625 armadilhas. Em até 35 dias, a fêmea do mosquito estará morta e se pelo menos dez fêmeas tiverem colocado os ovos em Mosquitéricas, haverá cerca de 3,5 milhões de mosquitos mortos, que deixarão de transmitir dengue.
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R7
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