Dez pessoas — entre elas, oito policiais do 11º BPM (Nova Friburgo) — foram presas ontem em operação da Polícia Federal (PF) que desarticulou quadrilha responsável pela exploração de máquinas caça-níqueis na Região Serrana. Estão foragidos um homem que gerenciava o esquema e uma mulher responsável pela contabilidade da organização.
“A próxima etapa é saber se os criminosos eram ligados a grande contraventores do Rio”, anunciou o delegado Elias Escobar, da PF de Macaé.
Apontado como chefe do esquema, Aldair Mattos Cardoso, 77 anos, foi preso em prédio de luxo, no Lebon. Lá, os agentes apreenderam R$ 200 mil, US$ 10 mil, 3 mil euros, um relógio Rolex, joias e três carros. Preso em Cabo Frio, o policial civil aposentado Volber Cerqueira, 67, também é acusado de ser um dos líderes do grupo. Com ele, os policiais recolheram dezenas de cheques com altos valores.
Em Cordeiro, na Serra, a PF estourou depósito usado pelo grupo e apreendeu cerca de 70 placas de vídeo. A investigação da operação Conexão Serra-Mar descobriu que a quadrilha agia há pelo menos três anos na região. Segundo denúncia do Ministério Público Federal, interceptações telefônicas autorizadas pela Justiça revelaram que os PMs davam cobertura à quadrilha e repassavam informações, em troca de dinheiro.
“Mesmo quando o setor reservado do batalhão tomava medidas sigilosas, os PMs se informavam e vazavam informações”, afirma a denúncia. Até o fim da noite de ontem, dois envolvidos no esquema estavam foragidos.
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O Dia
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