Cultura de Rio das Ostras forma profissionais na arte

Quando era criança, Felipe Viana viu um casal de tenores se apresentando na televisão e ficou impressionado com a cena.
- Na mesma hora pensei: Mas que coisa linda! Será que eu consigo cantar assim também? - lembra ele, que começou a estudar música aos 10 anos e descobriu seu potencial. - Ainda falta muito para cantar como eles, tenho muito estudo pela frente, mas estou chegando lá.
Com 19 anos, Felipe é um dos alunos do Centro de Formação Artística de Música, Dança e Teatro de Rio das Ostras, uma parceria da prefeitura com a Fundação Rio das Ostras de Cultura.

A novidade é que o centro teve autorização do MEC para emitir diplomas de educação profissional técnica de nível médio com habilitação na área desejada. O local oferece cursos de teatro, canto, flautas doce e transversa, guitarra, violão, bateria, percussão popular, cavaquinho, violino, teclado, saxofone, clarineta, trompete, contrabaixo, piano e balé clássico.
- Eles já saem diplomados. Bem-sucedidos projetos, como a Orquestra Kuarup Sopros & Cordas, regida pelo maestro Nando Carneiro; a Companhia de Dança Baía Formosa; a Orquestra Curumim; e o Coral Acauã são integrados por alunos nossos - conta a diretora administrativa do centro, Norma Maia, que cita o ator Fábio Enriquez (que interpreta o diretor Fábio na minissérie “Clandestinos”) como exemplo de sucesso.
Anualmente, a direção do centro realiza o Festival da Onda, que é, na verdade uma grande audição pública que reúne os alunos de todos os cursos.
- A apresentação visa a dar ao professor uma noção de sua evolução e aos pais, uma demonstração do aprendizado do filho - diz Norma.
Últimos preparativos para a apresentação da noite. Os alunos de canto seguiam as instruções do professor Luiz Cláudio da Cunha. Ao piano, o aluno Hélcio Marone, de 18 anos, executava “Think of me”, de Andrew Loyd Webber, da peça “O fantasma da ópera.”
- Quero chegar ao mais alto nível no piano - diz ele, há quatro anos no grupo.
Acompanhando Hélcio, a cantora Natália Benites, de 19 anos, lembra que cantava ainda pequena na igreja:
- Mas não levava muita fé e cheguei a parar. Aqui eu descobri que não dá para fugir do que já está no sangue.
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O Globo
Foto: Divulgação

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