Polícia retira 280 famílias de fazenda invadida pelo MST em Macaé

Duzentas e oitenta famílias, totalizando cerca de 700 pessoas, tiveram de desocupar nesta quarta-feira a fazenda Bom Jesus de 300 alqueires, em Córrego do Ouro, distrito de Macaé. A desocupação mobilizou um aparato de 250 policiais, a maior parte deles da Polícia Federal, sendo que muitos foram deslocados do Rio para Macaé. Os Batalhões da PM de Macaé e Campos deram apoio à operação.

A força policial foi pedida para cumprir uma liminar de reintegração de posse da propriedade, dada pela juíza da 1ª Vara Federal de Macaé, Angelina Siqueira costa. Ela se baseou no fato de que a propriedade não poderá ser objeto de desapropriação nos próximos quatro anos, pelo fato de ter sido invadida pelo Movimento dos Sem Terra (MST). Na liminar ela lembra que a li determina que não seja objeto de apreciação de projeto para reforma agrária qualquer imóvel invadido.

Os sem terra não apresentaram nenhum tipo de resistência. Foi negociado de que os invasores poderiam retirar todos os pertences das barracas, que foram catalogados por oficiais de justiça e transportados em camionetes da PF e caminhões. Os carros que estavam no acampamento foram rebocados. A desocupação foi considerada traumática pelos representantes do MST e do Incra que não concordaram com a destruição das barracas que foram incendiadas após o ato de reintegração.

O advogado Antônio Maurício Costa que obteve a liminar e acompanhou a desocupação, não houve trauma.

- A Polícia Federal funcionou como uma policia cidadã, transportando todos os pertences em suas viaturas. Não houve conflito nenhum. Logo no início da operação um sem terra protestou colocando fogo no barraco. O titular da Polícia Federal em Macaé, delegado Escobar, autorizou que as barracas fossem destruídas. - disse o advogado.

Os sem terras foram levados para um ginásio esportivo no distrito do Córrego de Ouro, a cinco quilômetros da fazenda invadida.

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Fonte: G1