Quatro mortes por dengue são confirmadas no Sul Fluminense


Já são quatro o número de mortes confirmadas por dengue no Sul Fluminense. Nesta segunda-feira, foi confirmada em Barra Mansa a segunda morte pelo tipo da doença em menos de duas semanas. A vítima foi Sofhia Campbel, de 6 meses, que morava no bairro Ano Bom e estava internada na Santa Casa de Misericórdia da cidade desde o último sábado. Ela foi sepultada nesta segunda no cemitério municipal da cidade.

Segundo a médica responsável pela UTI Pró-Baby do hospital, Fátima Cristina Guimarães Marques, a criança chegou a ser atendida na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) e foi transferida para a Santa Casa. A menina foi internada com febre, mas no sábado um hemograma realizado apontou que ela estava com a plaqueta baixa e os médicos suspeitaram de dengue.
- Fizemos um teste rápido na criança e confirmamos a suspeita de dengue hemorrágica. Ontem (domingo) pela manhã ela piorou e foi transferida para a UTI com crise convulsiva e outras complicações da doença. O quadro de saúde da menina não evoluiu e ela morreu à 0h50m de hoje (segunda-feira) – disse a médica.
A tia da menina, Patrícia Faria Breves, 34 anos, contou que a sobrinha foi levada primeiro para a UPA. Segundo ela, a criança já apresentava manchas pelo corpo e sintomas como febre e vômito e os médicos diagnosticaram o problema como uma virose simples e mandaram o bebê para casa.
- A médica disse que era só uma virose, mesmo ela com os sintomas de dengue, por isso ela foi para casa, mas no sábado ela piorou, ficou gelada e vomitando muito, foi aí que a levaram de volta à UPA, fizeram o exame das plaquetas e pediram a internação na Santa Casa – disse a mulher.
O secretário municipal de Saúde de Barra Mansa, Wilton Néri, descartou que a morte da menina tenha ocorrido por negligência médica. Ele disse que, durante a primeira visita, no dia 5, o exame não apresentou dengue e o quadro geral da criança era bom.
- No primeiro atendimento, os exames gerais apresentaram que ela estava bem. No sábado, ela voltou apresentando mais sintomas, entre eles uma infecção urinária relacionada à doença. No dia 5 não havia nenhuma questão relacionada à dengue. O quadro dela evoluiu nos dias 5 e 6 e a família não nos procurou – disse Néri, acrescentando que as ações de combate à dengue foram intensificadas no bairro Ano Bom, onde a família da criança mora.
Até o momento, foram registradas 501 notificações de dengue na cidade, sendo 270 casos confirmados. É a segunda morte por dengue hemorrágica registrada na cidade. Em 29 de abril, Magnólia Cunha, de 42 anos, que morava no bairro Saudade, morreu em decorrência de complicações causadas pela doença.
Outras duas mortes confirmadas no Sul Fluminense
Outras duas mortes por dengue foram confirmadas na região. Em Angra, a Fundação de Saúde de Angra dos Reis (Fusar) confirmou o óbto de uma mulher de 40 anos, moradora do bairro Monsuaba. Ela morreu na última terça-feira, após complicações de um suspeito caso de dengue hemorrágica. Porém, o exame feito pela Fundação e encaminhado ao laboratório da Fiocruz comprovou que era dengue tipo 1.
Apesar de estar contaminada com a dengue simples, a paciente tinha também uma doença rara, conhecida como lúpus, que é provocada por um desequilíbrio do sistema imunológico, exatamente aquele que deveria defender o organismo das agressões externas causadas por vírus, bactérias ou outros agentes. No lúpus, a defesa imunológica se vira contra os tecidos do próprio organismo como pele, articulações, fígado, coração, pulmão, rins e cérebro. Por conta disso, as complicações causadas pela dengue se agravaram.
- Em uma paciente normal, essa categoria da dengue se curaria rapidamente com o tratamento adequado. Mas, como ela possuía Lupus, o quadro se agravou e ela veio a falecer - explicou a superintendente da Fusar, Claúdia Grego.
Já em Pinheiral, foi confirmada a morte da dona de casa Ana Maria da Silveira , de 57 anos, por dengue hemorrágica, na última quinta-feira. Ela morava no bairro São Jorge. Vários vizinhos já tiveram dengue, como José Gregório, que está se recuperando da doença. No local, há vários terrenos abandonados e os moradores reclamam da falta de fiscalização. A família da vítima já tinha se pronunciado na imprensa local, onde acusou o Hospital Municipal de Pinheiral, de negligência médica. O jovem foi sepultado no sábado retrasado em Itatiaia.
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