Iniciado há quase quatro anos, prédio na Avenida Porto da Madama tem custo de cerca de R$ 1 milhão. Segundo vereador, demora da obra não seria por causa de falta de verba
Prestes a completar quatro anos, ainda não é possível identificar nas paredes sem emboço os traços de uma creche. A morosidade, no entanto, não seria falta de verbas. Já teriam sido liberados R$ 1.097.449,53 para a construção do edifício de dois pavimentos na Avenida Porto da Madama, no Gradim, em São Gonçalo.
A denúncia é do vereador Ricardo Pericar (PDT), que diz que o primeiro aviso de licitação sobre a nova unidade educacional foi publicado no Diário Oficial do município no dia 27 de junho de 2007. Desde então, três firmas foram licitadas e contratadas para executarem a construção.
A primeira, em outubro de 2007, pelo valor de R$ 333.953; a segunda teve extrato de termo de contrato publicado em abril de 2008, com o valor de R$ 261.436. Esta ainda recebeu um aditivo de R$ 65.305 em julho de 2009, mas não concluiu a obra. A última empresa, que recebeu R$ 436.753,11, é a Empresa Municipal de Desenvolvimento Urbano e Saneamento de São Gonçalo (Edursan).
“Estou observando que isto é um movimento recorrente na cidade. As obras começam, mas não acabam e sempre são contratadas diversas empresas sem que nenhuma conclua a obra. Aconteceu com a Escola Municipal Luiz Gonzaga e com o Pronto Socorro de Alcântara, por exemplo”, diz o vereador.
O parlamentar enviou, nesta segunda-feira, um dossiê sobre a construção da creche, que já recebeu o nome de Benedito Panisset – pai da prefeita Aparecida Panisset – aos ministérios públicos estadual e federal, à Superintendência da Polícia Federal e ao Tribunal de Contas da União. Segundo o vereador, a inclusão de órgãos federais se faz necessária porque, na verba destinada à construção da creche, existe repasse do governo federal.
Moradora do bairro, Renata Januário Motta teve que deixar o emprego para ficar com o filho.
“Tinha um serviço social de um político no bairro que nos ajudava, mas foi fechado e eu não pude continuar no emprego. Meu filho nasceu, já fez três anos e a obra não fica pronta. Se trabalhasse, poderia dar uma vida melhor para ele”, reclama a dona de casa de 25 anos.
Explicações - A Prefeitura informou que “não firmou contratos com diversas empreiteiras, o que houve foi modificação no projeto”.
“A obra teve início em maio de 2008 e o projeto inicial para a construção da creche do Gradim foi alterado após a Secretaria de Educação identificar a necessidade de uma unidade maior para atender a demanda de alunos da região. O novo projeto prevê mais um andar e um número maior de salas. A construção foi dividida em duas fases, a primeira já está finalizada, no valor de R$ 326.742, e a segunda, no valor de R$ 436.753, deve ser concluída em quatro meses. O orçamento total da obra é de R$ 763.495,88”.
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O FLUMINENSE
A denúncia é do vereador Ricardo Pericar (PDT), que diz que o primeiro aviso de licitação sobre a nova unidade educacional foi publicado no Diário Oficial do município no dia 27 de junho de 2007. Desde então, três firmas foram licitadas e contratadas para executarem a construção.
A primeira, em outubro de 2007, pelo valor de R$ 333.953; a segunda teve extrato de termo de contrato publicado em abril de 2008, com o valor de R$ 261.436. Esta ainda recebeu um aditivo de R$ 65.305 em julho de 2009, mas não concluiu a obra. A última empresa, que recebeu R$ 436.753,11, é a Empresa Municipal de Desenvolvimento Urbano e Saneamento de São Gonçalo (Edursan).
“Estou observando que isto é um movimento recorrente na cidade. As obras começam, mas não acabam e sempre são contratadas diversas empresas sem que nenhuma conclua a obra. Aconteceu com a Escola Municipal Luiz Gonzaga e com o Pronto Socorro de Alcântara, por exemplo”, diz o vereador.
O parlamentar enviou, nesta segunda-feira, um dossiê sobre a construção da creche, que já recebeu o nome de Benedito Panisset – pai da prefeita Aparecida Panisset – aos ministérios públicos estadual e federal, à Superintendência da Polícia Federal e ao Tribunal de Contas da União. Segundo o vereador, a inclusão de órgãos federais se faz necessária porque, na verba destinada à construção da creche, existe repasse do governo federal.
Moradora do bairro, Renata Januário Motta teve que deixar o emprego para ficar com o filho.
“Tinha um serviço social de um político no bairro que nos ajudava, mas foi fechado e eu não pude continuar no emprego. Meu filho nasceu, já fez três anos e a obra não fica pronta. Se trabalhasse, poderia dar uma vida melhor para ele”, reclama a dona de casa de 25 anos.
Explicações - A Prefeitura informou que “não firmou contratos com diversas empreiteiras, o que houve foi modificação no projeto”.
“A obra teve início em maio de 2008 e o projeto inicial para a construção da creche do Gradim foi alterado após a Secretaria de Educação identificar a necessidade de uma unidade maior para atender a demanda de alunos da região. O novo projeto prevê mais um andar e um número maior de salas. A construção foi dividida em duas fases, a primeira já está finalizada, no valor de R$ 326.742, e a segunda, no valor de R$ 436.753, deve ser concluída em quatro meses. O orçamento total da obra é de R$ 763.495,88”.
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